Potencial antidiabético de Libidibia ferrea: uma revisão integrativa

Diabetes mellitus é uma doença crônica que afeta uma grande parcela da população brasileira, sendo a diabetes mellitus tipo 2 a mais prevalente. Embora o tratamento atual vise controlar e manter os níveis glicêmicos, ele pode causar efeitos colaterais indesejados. Diante disso, o uso de fitomedicamentos tem se tornado uma alternativa promissora. Libidibia ferrea (jucá) é uma planta medicinal nativa do Brasil e bastante utilizada por possuir vários efeitos terapêuticos, dentre eles, a atividade antidiabética. Dessa forma, o objetivo é relatar as evidências científicas do potencial antidiabético de L. ferra. Este trabalho trata-se de uma revisão integrativa da literatura elaborada de acordo com a metodologia PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses) a partir de publicações indexadas nas bases de dados Pubmed, Periódicos CAPES, ScienceDirect, Biblioteca Virtual de saúde e Scopus entre os anos de 2003 a 2024. Para a busca os descritores utilizados foram: “Diabetes mellitus”, “Libidibia ferrea”, “Caesalpinia ferrea”, “Phytotherapeutic Drugs” e “Hypoglycemic agents” sendo realizadas combinações recorrendo ao operador booleano AND. A busca resultou em 537 publicações e 5 deles foram incluídas na revisão. Todos os artigos selecionados apresentaram resultados positivos da utilização de L. ferrea como um agente hipoglicemiante. Os estudos foram diversos, pois usaram diferentes partes da planta, tipos de extratos variados e também um deles analisou um isolado, o que contribui para uma ampla variedade de possibilidades do uso de L. ferrea como alternativa terapêutica para a diabetes. Também foi percebido pelos autores que as catequinas, os taninos condensados e hidrolisáveis são os responsáveis pela atividade hipoglicemiante apresentada pela planta, além de também atuar nas complicações diabéticas. Então, mesmo o jucá sendo amplamente utilizado na medicina popular ainda existem poucos estudos que abordem essa temática, porém aqueles encontrados confirmaram que ela pode ser uma possível alternativa terapêutica segura e eficaz para o tratamento da diabetes mellitus.