Manipulação de tecidos moles como alternativa para preservação de alvéolo: relato de caso

INTRODUÇÃO: A perda dentária é um problema comum na população brasileira e pode ocorrer por diversas razões, como cáries, trincas e fraturas e doença periodontal. A exodontia leva à redução no volume dos tecidos moles e duros, trazendo prejuízos estéticos e funcionais que podem resultar em subsequentes intervenções cirúrgicas na tentativa de alcançar as condições ideais para reabilitação da região edêntula. Nesse sentido, diversas técnicas de preservação alveolar vêm sendo descritas na literatura, na tentativa de diminuir essa alteração dimensional. Entre as possibilidades terapêuticas, a manipulação de tecidos moles pretende promover o tamponamento do alvéolo, resultando em uma melhor manutenção do coágulo e cicatrização. RELATO DE CASO: No presente relato de caso, avaliou-se as medidas tomográficas de tecidos duros antes e depois da exodontia atraumática do dente #14, associada a um enxerto gengival livre modificado. Para análise das alterações teciduais, foram realizadas duas tomografias computadorizadas de feixe cônico: a primeira imediatamente após o procedimento cirúrgico, e a segunda após três meses de pós-operatório, com o auxílio de um stent tomográfico confeccionado previamente e demarcado com material radiopaco, possibilitando a comparação das medidas nos sentidos mesiodistal e vestibulolingual. RESULTADOS: Houve uma redução da altura da crista óssea vestibular de 0,49mm, com uma redução de espessura de 0,74mm, indicando uma discreta alteração no contorno ósseo pós-exodontia. CONCLUSÃO: Considerando-se o presente relato do caso clínico, a manipulação dos tecidos moles após a exodontia pode ser uma alternativa para minimizar as alterações dimensionais causadas no rebordo alveolar pós-extração.