Ensaio clínico para avaliação da microbiota vaginal antes e após o tratamento da síndrome genitourinária da menopausa com FRAXX, em comparação com terapias hormonais

Luís Ribeiro, Ana Ximena Zunino, Priscila de Almeida Torre,Susana Cristina Aidé Viviani Fialho,Isabel Cristina Chulvis do Val Guimarães,Caroline Alves de Oliveira Martins, Daniele Mendonça Ferreira

Jornal Brasileiro de Ginecologia(2023)

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摘要
Introdução: As mudanças fisiológicas ocorridas na mulher no período pós-menopausa podem ocasionar a síndrome genitourinária da menopausa (SGM), caracterizada pela atrofia da mucosa vaginal, com ressecamento e adelgaçamento, causando sintomas como ardor, irritação e falta de lubrificação, além de sintomas urinários, como disúria, noctúria e incontinência urinária. Esta afecção decorre do hipoestrogenismo, que pode causar um desequilíbrio na microbiota vaginal, uma vez que a redução da produção de glicogênio afeta as populações de Lactobacillus spp., facilitando a ação de patógenos. Atualmente, a terapia hormonal representa o padrão-ouro para o tratamento desta síndrome, porém terapias alternativas, como o laser e a radiofrequência, estão sendo desenvolvidas na tentativa de aumentar a eficácia do tratamento, assim como torná-lo acessível para mulheres com contraindicação ao uso hormonal. Objetivos: Avaliar a eficácia do tratamento da SGM com aplicação de radiofrequência fracionada microablativa (FRAXX) frente à terapêutica hormonal com estriol tópico, em relação à microbiota vaginal. Métodos: Ensaio clínico piloto, duplo-cego, randomizado, placebo controlado. Foi realizada a análise da microbiota vaginal, antes e após a intervenção proposta, em 30 mulheres diagnosticadas com SGM, divididas aleatoriamente em dois grupos. Um deles foi submetido a três sessões de FRAXX em intervalos mensais, além de receber placebo de creme vaginal (F), enquanto o outro foi tratado com aplicação de estriol tópico por 21 dias, seguido pelo uso três vezes por semana até completar três meses, também recebendo pulso mensal de placebo do FRAXX (E). Para avaliar as mudanças da microbiota vaginal foram coletados o conteúdo vaginal para citologia com coloração pelo Gram (análise das bactérias anaeróbias), cultura para fungos, cultura para bactérias aeróbias, além da pHmetria. Resultados: Após análise estatística, considerando um nível de significância de 0,05, observou-se que 60% das pacientes do grupo estriol e 46% das pacientes do grupo FRAXX apresentaram redução do pH, indicando resultados positivos com ambos os tratamentos. Entretanto, duas pacientes do grupo tratado com FRAXX exibiram aumento do pH, enquanto no grupo estriol todas as pacientes que mantiveram o pH inalterado permaneceram com este parâmetro dentro dos valores normais (menor que 5,5). O grupo estriol também apresentou maior proporção de Cândida após o tratamento. Em relação ao tipo de microbiota posteriormente, a proporção de lactobacilos foi maior para o grupo FRAXX (66,7%), e a proporção de presença de outras bactérias, mas com predomínio de lactobacilos, foi maior para o estriol (46,6%). Os demais parâmetros analisados, como a contagem de células profundas e as características da microbiota, não demonstraram diferença entre os grupos. Conclusão: Houve melhora dos parâmetros analisados quanto à microbiota vaginal na intervenção com FRAXX, porém sem mostrar superioridade em relação ao uso do estriol tópico.
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