Isolamento de amostras do complexo corynebacterium diphtheriae potencialmente toxinogênicas durante a pandemia da covid-19 no brasil: um alerta à vigilância epidemiológica brasileira

Lincoln de Oliveira Sant'Anna, Max Roberto Batista de Araújo, Tayná do Carmo Sant'Anna Cardoso, Fernanda Diniz Prates, Mariana da Cruz Mota, Mireille Ângela Bernardes Sousa, Paula Marcele Afonso Pereira Ribeiro,Ana Luiza de Mattos-Guaraldi,Louisy Sanches dos Santos

Brazilian Journal of Infectious Diseases(2023)

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摘要
Introdução/objetivo: A difteria é uma toxiinfecção aguda que se apresenta na forma respiratória e/ou cutânea, e que pode ser fatal devido à ação da toxina diftérica (TD). O principal agente etiológico é Corynebacterium diphtheriae, mas espécies filogeneticamente relacionadas (Corynebacterium ulcerans, Corynebacterium pseudotuberculosis, Corynebacterium belfantii, Corynebacterium rouxii e Corynebacterium silvaticum), que compõem o complexo C. diphtheriae, apresentam o potencial de produzir a TD e, assim, de causar a doença. Importante salientar que amostras atoxinogênicas deste complexo podem a qualquer momento passar a produzir a TD e que algumas destas espécies são patógenos de animais, incluindo animais de companhia, apresentando potencial de transmissão zoonótica. A difteria já foi responsável por muitas epidemias e seu controle foi possível com a introdução da vacinação com o toxóide diftérico na década de 70. Nos últimos anos, surtos foram reportados na República Dominicana, Haiti e Venezuela. Em decorrência da queda da cobertura vacinal contra a difteria e com o avanço da pandemia da COVID-19, em 2021, a Organização Pan-Americana de Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS) reiteraram aos Estados Membros que a vacinação e a vigilância epidemiológica desta doença não fossem interrompidas, e salientaram que um estoque de antitoxina diftérica fosse mantido para controle de possíveis surtos. Neste contexto, este trabalho visa reportar o isolamento, durante o período pandêmico, de amostras do complexo C. diphtheriae a partir de espécimes clínicos de humanos e animais de companhia coletados em diversos estados brasileiros. Métodos: Os isolados, inicialmente processados por um laboratório particular de abrangência nacional, foram enviados para o Laboratório de Difteria e Corinebactérias de Importância Clínica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LDCIC/UERJ), para confirmação da identificação e investigação da toxinogenicidade pela técnica de mPCR. Resultados: Ao todo, 20 amostras foram isoladas de material clínico, sendo 13 de origem humana e 7 de animal. Os isolados foram identificados como C. diphtheriae (n = 10) e C. ulcerans (n = 10) e caracterizados como atoxinogênicos. Conclusão: Este estudo reforça que as principais espécies de Corynebacterium potencialmente toxinogênicas encontram-se em circulação no Brasil. Assim, enfatizamos que a vigilância epidemiológica da difteria seja contínua e que reservas da antitoxina diftérica sejam mantidas.
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vigilância epidemiológica brasileira
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