Qualidade de vida de pacientes com afirmação transexual assistidos pelo Programa Ambulatorial de Sexualidade

Introdução: gênero não é sinônimo de sexo e vivência de um gênero diferente do sexo biológico como ocorre com pessoas transexuais pode trazer uma angústia interna diante do preconceito existente no contexto social que esses indivíduos estão diariamente submetidos, e ainda pela dificuldade de acesso ao sistema de saúde. Objetivo: analisar a qualidade de vida (QV) de transexuais atendidos em um ambulatório especializado. Materiais e Métodos: estudo analítico, observacional, de corte transversal, realizado no HUUFMA. Foram aplicados questionários sociodemográficos e o WHOQOL Bref, analisados a partir do programa estatístico SPSS 21.0®. Resultados: Dos 71 pacientes, a maioria possuía idade entre 18 e 26 anos (67,6%), ensino médio completo (71,8%), solteiros (76,1%), desempregados (54,9%), residentes da capital do estado (63,4%), pardos (57,7%) e de classe social D a E (50,7%). Os Domínio Psicológico (12,5%) e Meio Ambiente (37,5%), obtiveram piores escores, sem significado estatístico para diferenças entre homens e mulheres trans. Conclusão: o escore global ruim de QV dos participantes do estudo evidencia a dificuldade da vivência da transexualidade e a necessidade de políticas públicas direcionadas a este público.