Análise do comportamento longitudinal dos níveis séricos de citocinas angiogênicas e antiangiogênicas em gestantes com lúpus eritematoso sistêmico

Nilson Ramires de Jesus, Guilherme Ribeiro Ramires de Jesus, Marcela Ignacchiti Lacerda Avila,Flávia Cunha dos Santos,Evandro Mendes Klumb

Jornal Brasileiro de Ginecologia(2021)

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摘要
Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica autoimune cuja fisiopatologia envolve mecanismos imunológicos acompanhados da formação de autoanticorpos, alguns dos quais patogênicos. Acomete principalmente mulheres jovens e a uma gestação nesse grupo não é infrequente. A pré-eclâmpsia (PE) é uma doença placentária desencadeada nas primeiras semanas do segundo trimestre da gravidez por uma placentação anormal. Esse distúrbio do desenvolvimento placentário conduz a um desequilíbrio na produção e liberação na circulação materna de diversos fatores, entre eles citocinas angiogênicas (PlGF) e antiangiogênicas (sFlt-1), que desencadeiam inflamação e disfunção endotelial. Níveis elevados de sFlt-1 e baixos de PlGF foram observados nas pacientes com PE antes mesmo do aparecimento clínico da doença. A PE e o LES apresentam, isoladamente, importante morbimortalidade para o binômio materno-fetal, que pode ser ainda maior se essas doenças estiverem associadas. Portanto, é importante identificar precocemente, no grupo de gestantes com LES, as que vão desenvolver PE. A análise das citocinas PlGF e sFlt-1 pode auxiliar no diagnóstico precoce da PE, entretanto os estudos sobre comportamento dos níveis séricos dessas citocinas durante as gestações de pacientes com LES são escassos. Objetivo: Realizar análise do comportamento longitudinal das curvas dos níveis séricos dessas citocinas no decurso das gestações de pacientes com LES e identificar se a variável PE influencia no comportamento longitudinal dessas curvas. Pacientes e métodos: A população em estudo incluiu todas as gestantes com LES acompanhadas no pré-natal de doenças autoimunes. Amostras de soro foram colhidas ao longo da gravidez nos intervalos de idades gestacionais 16-18, 24-26, 30-32, 34-36 e 38-40 semanas e congeladas a -20º centígrados. A coorte foi dividida em dois grupos, estratificados pela presença ou não de PE. Para investigar a evolução dos níveis séricos de sFlt-1 e PlGF e da razão sFlt-1/PlGF durante as cinco visitas que ocorreram durante a gestação dos dois grupos, foram utilizados modelos mistos de regressão. Resultados: A evolução clínica da doença no decurso da gestação das 76 pacientes com LES foi considerada como em remissão em 67,1% dos casos, em atividade em 22,4% e como superposição de PE em 10,5% dos casos. As pacientes que desenvolveram PE apresentaram curvas dos níveis séricos de sFlt-1 e dos valores da razão sFlt-1/PlGF mais elevadas e dos níveis séricos de PlGF mais baixas. Essas curvas longitudinais, analisadas pelo modelo misto de regressão, sugerem padrões significativamente diferentes para os grupos com e sem PE. Conclusão: Apesar do pequeno número de casos de PE, os resultados sugerem que existem diferenças significativas entre as curvas longitudinais dos níveis séricos de sFlt-1 e PlGF das pacientes com LES que desenvolvem ou não PE. A titulagem dessas citocinas poderá ser útil no rastreio de PE nas gestantes com LES.
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