Investigação de preditores do óbito em uma coorte de pacientes com coinfecção tuberculose/vírus da imunodeficiência humana em Porto Alegre
Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis(2021)
摘要
Introdução: Em 2019, o total de óbitos por tuberculose foi de 1,4 milhões, dos quais 208 mil foram de pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana. A coinfecção tuberculose/vírus da imunodeficiência humana configura-se como uma combinação sinérgica, na qual uma infecção acelera a progressão da outra, potencializando a piora clínica e podendo causar morte. Porto Alegre (RS) é a quarta cidade brasileira com maior coeficiente de incidência de tuberculose (84,4 casos/100 mil habitantes) e a terceira cidade com maior taxa de mortalidade pela doença (5,3/100 mil habitantes). Objetivo: Investigar preditores do óbito em casos de coinfecção tuberculose/vírus da imunodeficiência humana em Porto Alegre. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva de 2.417 casos de coinfecção tuberculose/vírus da imunodeficiência humana registrados entre 2009 e 2013 em Porto Alegre, Brasil. Foram coletados dados demográficos, clínicos, ocorrência de internações e óbito de três bases de dados nacionais que fazem parte do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e utilizou-se a técnica de linkage de dados. A investigação de preditores ocorreu por regressão de Cox, em que foram estimadas as razões de risco brutas e ajustadas, com significância de 5%. Resultados: A ocorrência de óbito foi de 25,8%. A escolaridade esteve associada ao desfecho no modelo bruto, mas perdeu significância no modelo ajustado. A razão de risco ajustada para idade foi de 1,02 (intervalo de confiança [IC] 95% 1,01-1,03). Sobre a entrada no sistema de vigilância, a razão de risco ajustada foi de 4,58 para casos novos (IC 95% 1,14-18,4), 4,51 para recidiva (IC 95% 1,11-18,4) e 4,53 para reingresso após abandono (IC 95% 1,12-18,4), todos comparados aos casos de transferência. A ocorrência de internação hospitalar conferiu razão de risco ajustada de 4,06 (IC 95% 3,28-5,04) comparada com os que não tiveram internação. Realização de tratamento diretamente observado conferiu proteção de 41% (IC 95% 0,45-0,77) para o óbito. Conclusão: O estudo evidencia classificação do caso, idade e internação como preditores do óbito e realização de tratamento diretamente observado como importante fator de proteção.
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