Investigação de preditores do óbito em uma coorte de pacientes com coinfecção tuberculose/vírus da imunodeficiência humana em Porto Alegre

Brendha Ferreira Henrique,Evelin Maria Brand, Rafael Steffens Martins,Vinícius de Souza Casaroto, Sondre Schneck,Daniela Riva Knauth,Andréa Fachel Leal,Bruna Hentges, Claudia Rodrigues de Oliveira,Luciana Barcellos Teixeira

Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis(2021)

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摘要
Introdução: Em 2019, o total de óbitos por tuberculose foi de 1,4 milhões, dos quais 208 mil foram de pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana. A coinfecção tuberculose/vírus da imunodeficiência humana configura-se como uma combinação sinérgica, na qual uma infecção acelera a progressão da outra, potencializando a piora clínica e podendo causar morte. Porto Alegre (RS) é a quarta cidade brasileira com maior coeficiente de incidência de tuberculose (84,4 casos/100 mil habitantes) e a terceira cidade com maior taxa de mortalidade pela doença (5,3/100 mil habitantes). Objetivo: Investigar preditores do óbito em casos de coinfecção tuberculose/vírus da imunodeficiência humana em Porto Alegre. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva de 2.417 casos de coinfecção tuberculose/vírus da imunodeficiência humana registrados entre 2009 e 2013 em Porto Alegre, Brasil. Foram coletados dados demográficos, clínicos, ocorrência de internações e óbito de três bases de dados nacionais que fazem parte do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e utilizou-se a técnica de linkage de dados. A investigação de preditores ocorreu por regressão de Cox, em que foram estimadas as razões de risco brutas e ajustadas, com significância de 5%. Resultados: A ocorrência de óbito foi de 25,8%. A escolaridade esteve associada ao desfecho no modelo bruto, mas perdeu significância no modelo ajustado. A razão de risco ajustada para idade foi de 1,02 (intervalo de confiança [IC] 95% 1,01-1,03). Sobre a entrada no sistema de vigilância, a razão de risco ajustada foi de 4,58 para casos novos (IC 95% 1,14-18,4), 4,51 para recidiva (IC 95% 1,11-18,4) e 4,53 para reingresso após abandono (IC 95% 1,12-18,4), todos comparados aos casos de transferência. A ocorrência de internação hospitalar conferiu razão de risco ajustada de 4,06 (IC 95% 3,28-5,04) comparada com os que não tiveram internação. Realização de tratamento diretamente observado conferiu proteção de 41% (IC 95% 0,45-0,77) para o óbito. Conclusão: O estudo evidencia classificação do caso, idade e internação como preditores do óbito e realização de tratamento diretamente observado como importante fator de proteção.
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