Transferência de embriões equinos: o efeito do processamento de sêmen e do manejo da égua do doador nas taxas de recuperação

A transferência de embriões (ET) é uma biotecnologia que permite obter mais de um potro de uma única égua durante uma temporada de empanar e também impedir a remoção de éguas de suas carreiras na competição. No entanto, para alcançar um resultado bem-sucedido, deve-se considerar a associação de muitos fatores, como a gestão de éguas doadoras e receptoras, os garanhões e a experiência do veterinário. Nesse contexto, este estudo teve como objetivo avaliar (1) se algumas das características relacionadas às éguas doadoras (por exemplo, raça e estado reprodutivo, podem influenciar a recuperação do embrião; (2) se diferentes locais de éguas doadoras podem ter impacto em programas de reprodução; (3) o efeito de algumas técnicas reprodutivas e metodologias de transferência de embriões. Para isso, foram realizadas 156 descargas uterinas e 88 transferências de embriões. Maiores taxas de recuperação de embriões no dia 8 (61,5%) e uma taxa global de gravidez de 62,2% foram obtidas. Influência do mês do ano (P=0,04) e do tipo de sêmen (fresco ou congelado; P=0,03) no número de coletas positivas de embriões foram identificadas. O uso de sêmen fresco para inseminação e recuperação de éguas doadoras no dia 8 aumentou o número de embriões coletados nesse período, embora resultados mais baixos tenham sido obtidos em julho-agosto. Não foram observados outros efeitos significativos sobre os demais determinantes em teste, embora os garanhões tenham sido responsáveis por induzir 11% da variabilidade dentro das taxas de recuperação de embriões. Esses resultados devem ser considerados em centros de transferência de embriões de égua.