Ressuscitação cardiopulmonar extracorpórea: evidências dos ensaios clínicos recentes

A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) convencional é a base do suporte circulatório durante a parada cardiorrespiratória. Entretanto, a ressuscitação cardiopulmonar extra-corpórea (E-CPR) pode fornecer níveis quase normais de perfusão cerebral e de órgãos vitais, tornando-se uma alternativa para o suporte cardíaco de vida avançado. Objetivo: Mapear na literatura científica dos dois últimos anos as evidências de ensaios clínicos sobre a E-CPR. Método: Revisão integrativa da literatura, com a pesquisa eletrônica dos estudos nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed, SCOPUS e EMBASE (Elsevier). Resultados: foram identificados 531 estudos e, conforme os critérios de inclusão e exclusão, foram incluídos quatro ensaios clínicos randomizados nesta revisão, todos publicados em revistas internacionais, na língua inglesa, de países europeus, sendo dois estudos do ano de 2022 e outros dois de 2023, tendo como objetivos centrais a comparação de E-CPR versus RCP convencional e os desfechos clínicos, principalmente os resultados neurológicos favoráveis. Conclusão: As análises mostraram que a E-CPR não melhorou significativamente a sobrevida com resultado neurológico favorável em seis meses em comparação com a RCP convencional, mas foi associada a um menor risco de morte e a uma proporção maior da recuperação neurológica em 30 dias.