Coronary atherosclerotic burden in veteran athletes: The relationship between cardiovascular risk and volume of exercise

Introdução e objetivos: A associação entre exercício e aterosclerose coronária permanece pouco esclarecida. O nosso objetivo foi analisar a prevalência de alta carga aterosclerótica coronária (CASC) em atletas veteranos, integrando o risco cardiovascular (RCV) e volume de exercício.Métodos: Avaliámos 105 atletas veteranos, homens assintomáticos (48±5,6 anos). Alta CASC foi definida como uma das: score de cálcio >100, > percentil 75, placas obstrutivas, envolvimento do tronco da artéria coronária esquerda, doença de 3 vasos ou 2 vasos incluindo artéria descendente anterior proximal, Segment Involvement Score >5 ou Score Leaman adaptado por CT ≥5. Estratificámos o RCV pelo SCORE2 e o volume de exercício por equivalentes metabólicos (METs).Resultados: A maioria dos atletas (n=88) praticava desportos de resistência, durante 17,1±9,8 anos, com um volume de exercício mediano de 66 [IQR 44-103] METs/hora/semana. O SCORE2 médio foi 2,8±1,5% e 76,9% dos atletas tinham RCV baixo-moderado e nenhum RCV muito-alto. Alta CASC ocorreu em 25,7%. Atletas com alto RCV e alto volume de exercício (acima da mediana) apresentaram CASC significativamente alta em comparação com os com RCV baixo-moderado e alto volume (50,0% versus. 15,6%; p=0,017). Nos atletas com RCV baixo-moderado, o alto volume de exercício mostrou uma tendência protetora, enquanto houve uma taxa semelhante de alta CASC naqueles com baixo volume, independentemente do RCV.Conclusões: Em atletas veteranos, a combinação de maior volume de exercício com alto RCV mostrou a pior associação com aterosclerose coronária. A relação entre estas variáveis é controversa, mas integrar características do exercício e o RCV na avaliação pré-participação é essencial.