Hospitalizações de indivíduos com diagnóstico de esquizofrenia no sistema único de saúde em minas gerais: aspectos sociodemográficos e custo do tratamento

Laíse Sofia De Macedo Rodrigues, André Soares Santos,Augusto Afonso Guerra Júnior,Márcia Mascarenhas Alemão,Helian Nunes de Oliveira,Edna Afonso Reis, Carlos Eduardo Leal Vidal,Cristina Mariano Ruas Brandão

JORNAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FARMACOECONOMIA(2023)

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摘要
Introdução: A redução dos custos de tratamento, o restabelecimento funcional e a melhora da qualidade de vida dos indivíduos com o diagnóstico de esquizofrenia é associado à redução das recaídas, reinternações e tempo de internação. O conhecimento dos fatores associados às internações e permanência dos pacientes pode ser utilizado por gestores e formuladores de políticas para melhorar o prognóstico desses indivíduos no Brasil. Objetivo: Descrever as variáveis sócio-demográficas e clínicas, identificar os determinantes do tempo de permanência e estimar o custo do tratamento hospitalar em indivíduos com diagnóstico de esquizofrenia no estado de Minas Gerais. Métodos: Foi conduzida uma coorte não-concorrente em três hospitais psiquiátricos de Minas Gerais entre 2010 e 2013. Os dados foram coletados dos prontuários in loco. A associação entre variáveis foi avaliada via modelo de regressão linear. Os custos foram calculados por um método de custeio de absorção, considerando o custo médio de um leito em hospital psiquiátrico e o tempo médio de internação dos pacientes avaliados. Resultados: Foram identificados 1.928 pacientes. A maior parte era do sexo masculino (67.8%), não tinha companheiro (83,8%), estudou até o ensino fundamental (65,1%), não tinha ocupação (67,7%) e vivia na cidade do hospital (54,9%). O uso de drogas foi reportado por 46,5% dos pacientes e a presença de comorbidades por 25,9%. O tempo médio de permanência foi de 30,3 dias (DP=37,5 dias). Pacientes do sexo feminino, que vivem em cidades diferentes de onde foram atendidos, hospitalizados involuntariamente ou mandatoriamente e em uso de antipsicóticos atípicos e típicos concomitantemente mostraram-se associados a tempos de permanência mais longos. Essas variáveis explicaram 11% da variação do tempo de internação dos pacientes. O custo médio de hospitalização foi R$ 11.713,07 (US$ 5.300,03). Discussão: Há diferenças nas internações quanto ao sexo e outros aspectos sociodemográficos. Nesses hospitais, há predominância de pacientes do sexo masculino, solteiros, com baixo nível educacional e sem atividade laboral. As internações são consideradas os custos diretos mais relevantes da esquizofrenia. Os medicamentos contribuem com um valor menor. A redução das reinternações ou do tempo de permanência pode ser primordial para a redução dos custos. Na revisão de literatura o tempo de permanência reportado variou entre 21 e 50 dias, próximo ao encontrado nesse estudo. Há possibilidade de variação do custo segundo o diagnóstico, mas essa diferença não foi abordada. Conclusão: Foi observado que a maior parte dos pacientes era do sexo masculino, solteiro, com baixo nível educacional e sem atividade laboral. Sexo feminino, local de moradia diferente da localização do hospital, tipo de internação involuntária e associação de antipsicótico (típico + atípico) apresentaram associação estatisticamente significante com o aumento do tempo de permanência hospitalar no modelo de regressão linear.
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minas gerais,sistema único de saúde
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