Influência da prática de atividade física na ocorrência e na severidade dos sintomas da Covid-19: um estudo retrospectivo

Este trabalho teve como objetivo verificar se a prática de exercícios físicos ou esportes, emdiferentes volumes e intensidades influenciaram na ocorrência de sintomas da COVID-19. Foiaplicado um questionário virtual incluindo homens e mulheres diagnosticados com COVID-19por meio de sorologia, teste RT-PCR ou diagnóstico clínico. O questionário composto de trêsseções continha perguntas sobre os dados dos participantes, o diagnóstico da COVID-19, aprática de exercícios físicos ou esportes nos três meses anteriores ao diagnóstico, a ocorrênciae severidade dos sintomas e a possível necessidade de internação em leitos de enfermariae/ou quarto ou leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No total, 244 voluntáriosparticiparam desta pesquisa. Destes, 24 (9,8%) relataram não ter praticado atividade físicapreviamente ao diagnóstico. Do total que praticou, 45 (18,4%) relatou ter praticado com umabaixa frequência, 103 (42,2%) com moderada frequência e 72 (29,5%) com alta frequência.Quanto à duração, 11 (4,5%) voluntários relataram ter praticado em baixa duração, enquanto45 (18,4%) e 164 (67,2%), praticou em moderada e alta duração, respectivamente. Se tratandoda intensidade desses exercícios físicos ou esportes, 17 (6,9%) afirmaram ter praticado emuma intensidade baixa, 100 (40,9%) em média e 103 (42,2%) em alta intensidade. O grupo quenão praticou atividade física não teve nenhuma indicação de internação em leito deenfermaria e ou/ quarto ou UTI, enquanto que para o grupo que praticou, houveram 14 (5,7%)indicações para leito em enfermaria e/ou quarto e 6 (2,4%) para internação em leitos de UTI.Os resultados do presente estudo demonstraram que a frequência, a intensidade e o volumede prática de atividade física não influenciam a ocorrência dos sintomas da COVID-19. Comisso, enfatiza-se que qualquer volume, intensidade e frequência de prática de atividade físicasão recomendados.