EFEITO DA DENSIDADE NO CRESCIMENTO DE Crassostrea gasar CULTIVADA EM SISTEMA FIXO NA COSTA DE MANGUEZAIS DE MACROMARÉS DA AMAZÔNIA, BRASIL

O presente trabalho avaliou o efeito da densidade de estocagem no crescimento de Crassostrea gasar em sistema fixo na Costa de Manguezais de Macromarés da Amazônia (CMMA). O cultivo foi iniciado com 4.320 ostras de 20 a 30 mm de altura da valva em travesseiro de malha 9 mm. Os animais foram submetidos a três tratamentos (T1 - 600 ostras/m2 , T2 - 800 ostras/m2 e T3 - 1000 ostras/m2 ) com 4 repetições e cultivados durante 270 dias em um sistema de cultivo fixo (cama), no município de Bequimão, Maranhão. A cada coleta foi determinado o crescimento das ostras (da altura da concha e peso vivo), as variáveis ambientais e a ocorrência da fauna incrustante e vágil associada. Foram recrutadas pós-larvas em ambiente natural, através de coletores artificiais, que permaneceram submersos por um período de, aproximadamente, 60 dias. Os dados evidenciaram que os parâmetros produtivos foram significativamente influenciados em função das densidades de estocagem testadas (ANOVA, p<0,05). Nos tratamentos com maior densidade (800 ostras/ m2 e 1.000 ostras/ m2) registrou-se crescimento (altura da concha e peso vivo) significativamente superior das ostras e menor incidência da fauna incrustante e vágil associada. Os meses com maior intensidade pluviométrica e com menor salinidade favoreceram para o menor crescimento das ostras, além de ter contribuído para a maior aglomeração de organismos indesejáveis ao cultivo. Assim, conclui-se que o crescimento da ostra nativa C. gasar apresentou diferença significativa em função da densidade de estocagem testada, com altura da valva e peso vivo favorecidos em alta densidade. Sugere-se que a menor incidência de organismos competidores nas densidades mais altas pode ter contribuído para o melhor desempenho produtivo da ostra nesses tratamentos.